sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sempre gostei de pensar em coisas mórbidas, tragédias, me imaginar numa verdadeira novela mexicana.
Imaginava mortes de parentes, acidentes de carro, doenças terminais, tragédias de todas as cores e formas, e ficava imaginando minha reação a cada uma delas, e nenhuma das tragédias que eu imaginava, acontecia. Nem as menorzinhas.
Ate que eu te conheci. Em pouco mais de uma semana, você me perguntou, em tom de zombação 'amoR, se eu morresse você ia chorar?' e eu tentei imaginar a situação. Em menos de dois segundos respondi: aii Bianca, nem brinca com isso! E você continuou: me responde amor, você ia ficar triste? E eu continuei fugindo. Meus olhos se encheram de lagrimas, eu tentei conte-las antes que você as visse, não queria parecer uma idiota apaixonada com tão pouco tempo... Mas você viu, e perguntou porque eu chorava, e eu fiz você prometer que nunca mais me perguntaria aquilo, e você prometeu, não iria mais fazer essas brincadeiras, já sabia a resposta.
Eu não consegui imaginar o que eu faria se você morresse, não consegui imaginar minha reação nem nenhum dialogo, a minha mente sempre tão fértil para tragédias, congelou. Eu havia descoberto o que é não conseguir imaginar a vida sem alguém. A dor dessa descoberta foi tão grande quanto o prazer. Eu te amava, e não restava nenhuma duvida. E eu não podia mais viver sem você.
Perdi as contas de quantas vezes você me disse que eu teria que te suportar por muito tempo ainda, e perdi as contas de quantas vezes disse que suportaria com prazer, para sempre, pelo resto das nossas vidas.
Eu não conseguia imaginar minha vida sem você, e hoje fazem 12 semanas que não te vejo, fazem doze semanas que eu aprendi que é possível continuar vivo quando seu coração já está morto. A essa hora, três meses atras, eu dormia acreditando que veria você no outro dia de manha, e continuaríamos nossa vida, sorrindo, brigando, amando, vivendo. Antes eu tivesse imaginado a tragédia que acontecia, talvez, assim, ela não acontecesse.

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