quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Darling, I have loved you for a thousand years, I‘ll love you for a thousand more... <3

sábado, 3 de novembro de 2012

The sweet smell of a great sorrow lies over the land

Tenho tanta coisa pra dizer, tantas dores pra contar, tantas lagrimas pra chorar, tanto desespero acumulado... que nem sei por onde começar.
Pela primeira vez em muito tempo, eu tenho me sentido realmente sozinha, e eu queria tanto ter alguém aqui (nem precisava ser você, eu só queria alguém aqui).

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Apatia:
s.f. Indiferença, insensibilidade. Indolência, marasmo, inércia.

É como se tudo estivesse fora do lugar, como se nada importasse, de fato. Nada faz muito sentido. Nada é bom o suficiente para provocar uma gargalhada, nem tão ruim para causar uma crise de choro. Ninguém tem as palavras certas pra dizer, o ar não entra com força nos meus pulmões, a chuva parece não molhar direito. Apatia.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Metade de mim

Me sinto meio egoísta ao dizer que sinto sua falta e por isso queria que você estivesse aqui. Parece que não me importo com sua vida ou com.seu futuro, só queria um ombro pra chorar. Na verdade, talvez seja isso mesmo.
Há muito tempo já não posso sentir você aqui, não faço mais a menor ideia do seu cheiro, da sua voz ou de como eu me sentia quando sua pele tocava a minha. Aos poucos começa a parecer que você nunca existiu, e chego a acreditar que alguém tão perfeito pra mim não pode mesmo ser real. Você talvez tenha sido, de fato, um fruto da minha imaginação.
Real eu não, eu sinto sua falta. Não do sexo ou dos beijos, -você sabe que eu nunca senti falta disso- mas de você. Do que você foi pra mim. Você foi a única pessoa no mundo que foi capaz de enxergar quem eu sou de verdade, por trás do que eu finjo ser. Foi a unica com coragem suficiente para dizer que eu era uma mentira, que quem eu finjo ser na verdade não existe. Com você eu me sentia real, eu podia ir a loucura, chorar e sorrir ao mesmo tempo, contar as minhas maiores fantasias, planejar um assassinato. E você continuava me amando. Podia ter as atitudes mais puritanas, logo depois de agir como uma puta; e você entendia. Eu podia olhar nos seus olhos e, mesmo sem uma palavra, receber todo o conforto que precisava. Esses eram os melhores desabafos, era como se você fosse minha metade perdida, minha soulmate.
Quando você se foi, tive a impressão de que havia levado uma parte de mim. Era um vazio inexplicável, quase físico. Fiquei literalmente louca, você sabe. Perdi as contas de quantas pessoas me relacionei, tentando preencher esse vazio, e só conseguia me sentir um lixo. Por pouco mais de quatro meses, fui alguém que nunca imaginei ser.
No primeiro dia de 2012, fiz a promessa de que não tentaria mais preencher esse vazio com outras pessoas. Eu sabia que aquilo só me fazia mal, e devia um mínimo de respeito a você. Não foi difícil cumprir a promessa, na realidade; e não me arrependi da única pessoa.com quem me relacionei nos últimos 10 meses. Na época eu realmente sentia que ela era a pessoa certa. Quando estava com ela, quase podia ser eu mesma, até cheguei a me sentir segura, feliz. Foi a esperança de que poderia ser feliz, mesmo que sem metade de mim.
A metade de você que ficou em mim se tornou parte da minha personalidade. Coisas pequenas, manias e atitudes que me aquecem e me fazem ter certeza de que você foi de verdade; eu não seria capaz de imaginar uma pessoa como você.
Pode parecer loucura, mas depois que parei de procurar você em outros corpos, acabei te encontrando, me encontrando dentro de mim; e eu não vou correr o risco de nos perder, se não for com a garantia de ser feliz em troca.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"...Que não morreria ao ver você assim, tão bonita.
O seu ultimo olhar acabou,
Nas árvores ficou,
As ruas marcou.
Nos olhos levou a certeza que teu mar não morrerá em ti.
Teu mar não morrerá em ti.''

Vanguart - Morrerão

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

 E agora? O que acontece quando não se tem mais nada com o amor?
- Sopra o vento e a gente vira outra coisa.
- Que coisa?
- Sei lá. Não quero é voltar a ser gente, eu teria que conviver com as pessoas – ele murmurou. - Queria ser um passarinho, vi um dia um passarinho bem de perto e achei que devia ser simples a vida de um passarinho de penas azuis, os olhinhos lustrosos. Acho que queria ser aquele passarinho.
- Nunca me teria como companheira, nunca. Gosto de mel, acho que quero ser borboleta. É fácil a vida de borboleta?
- É curta.

( Lygia Fagundes Telles )

E você foi uma linda e minúscula borboleta azul, que teve uma vida incrível, apesar de curta..

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Bala azeda

É meio estranho conseguir lembrar de algo relacionado a você, e sorrir. É um sorriso meio amargo, doloroso, entende? Como aquelas balas azedas que vão amargando na boca, mas que a gente insiste em chupar mesmo assim, dizendo que no fundo é gostoso. 
Às vezes me lembro de algo que gostaria de ter te dito, ouço uma piada que queria ter te contado, e sinto algo parecido com um embrulho no estômago. Acho que é assim que a saudade se manifesta no corpo: mil borboletas trombando desesperadamente na parede do estômago. Hoje quis tanto seu abraço, seu conselho, dormir pertinho de você. Hoje a saudade bateu de uma forma que há muito não aparecia, foi como um turbilhão, uma enxurrada de lembranças que eu evitava alimentar por saber que não me fariam bem. Lembrei-me da missa de sétimo dia, lá na PUC, Eu tinha tanta coisa a dizer, me desculpa por não ter conseguido falar, me desculpa por não ter prestado uma homenagem a você, mas é que tinha algo na minha garganta que me impedia, eu tentava com todas as forças segurar minhas lágrimas, e se eu abrisse a boca naquele momento, todo meu esforço seria em vão. Talvez eu xingasse você, aquela desgraçada que te matou e todas as próximas gerações dela, e isso não seria muito bem visto numa igreja, né? Mas você adoraria, e aposto que me aplaudiria de pé. Pensando bem, eu deveria ter falado, mesmo que isso custasse algumas lágrimas a mais. 
Queria você aqui pra falar mal do meu emprego, das minhas amigas, queria reclamar da vida e ouvir você reclamando de volta. Queria sua risada, que na verdade nem me lembro mais como era. Queria seu abraço, que na verdade nem sei se era tão quente assim, e queria seu sorriso, que talvez não fosse tão bonito quanto eu o pinto. Queria sua lembrança, seu olhar, seu amor. Hoje, apesar de sorrir quando pensei em você, o amargo na boca foi mais forte, e as borboletas no estômago por pouco não me fizeram vomitar. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Todos os dias ir dormir desejando não acordar. Fechar os olhos e desejar estar no mesmo lugar que você. Se para rever você, eu preciso morrer, então que aconteça rápido, sem demora, sem enrolação. Só me leve pra perto dela, Deus, eu não posso mais ficar aqui. 
Todos os dias acordar procurando um mísero motivo pra continuar lutando. Um incentivo qualquer pra um sorriso sincero. Se para rever você, eu preciso ser forte e ir até o fim, então que não demore muito, não desgaste tanto meus nervos e meu coração. Só me dê forças, Deus, pra eu não desistir antes da hora dessa guerra que tenho enfrentado. 

'Aniversário'

Dia 11 fez um ano que você se foi, e eu nem tive coragem de vir falar com você. Não tive forças, simplesmente não fui capaz de dizer nada. Nem sequer toquei no assunto, não derramei uma única lágrima.É inexplicável o que tenho sentido de uns tempos pra cá, justamente porque não tenho sentido nada. É um vazio tão grande que nem a saudade tem conseguido se manifestar dentro de mim. 
Aniversário de morte. Engraçado isso, né? Quem foi o idiota que resolveu chamar isso de 'aniversário'? Imagino alguém cantando parabéns com velinhas e tudo, em cima do seu túmulo. Bizarro. 
Tenho pensado muito em você, em nós, em mim. No que teria acontecido com a gente. Será que estaríamos juntas, ainda? Será que você usaria o mesmo perfume e o mesmo shampoo? Seu abraço continuaria sendo o melhor de todos? E todas as pessoas que eu conheci depois de você, será que eu teria conhecido? Até ontem, todos os dias eu pensava 'nossa, um ano atrás eu e a Bianca estávamos fazendo tal coisa'. Hoje eu pensei 'nossa, a essa hora eu estava dando Adeus pra ela, e o caixão estava sendo fechado com tijolinhos e cimento'. E aí acabou. De hoje em diante, não tem mais como pensar em você e lembrar do que acontecia um ano atrás. Agora é só saudade, nostalgia. Nem as lembranças me alimentam mais, e eu não sei onde pisar, o que fazer, não sei como lidar com esse nada que tenho sentido. 
Quinta feira fui naquela maldita cervejada, encontrei todos os seus amigos, que, como sempre, me olhavam com cara de pena e sem saber o que dizer. Eu não queria que eles dissessem nada, só que parassem de me olhar assim. Briguei com quem não devia e descontei toda minha dor em alguém que só queria o meu bem. Chorei um rio, gritei e fiz drama. Na verdade só você passava pela minha mente. Eu tentava imaginar você ali, o que passava pela sua cabeça. Via direitinho você conversando com aquela vadia, dizendo onde estava seu carro e usando xavecos horrorosos que sempre funcionaram comigo. E com ela também, aparentemente. Receber minha mensagem deve ter te deixado ainda mais irritada né? Só te motivou mais ainda a me machucar. Ainda não sei o que você planejava, me tratando mal daquela forma. Mas aí você partiu, a vagabunda matou você, matou a gente, matou a mim também. Será que no dia da cervejada ela pensou em como te vez mal? Será que dia 11 ela se lembrou de você, sentiu o gosto de cerveja, de maconha, de qualquer coisa na boca, e se arrependeu? Pensou na sua mãe, em mim, em nossa dor? Ela nem te conhecia, não sabia o quanto ia doer. Será que doeu nela, assim como dói em mim? 
Depois de quinta feira, algo parecido com uma anestesia passou a tomar conta de mim. Eu tento de todas as formas explicar o que sinto, mas não dá. Acho que até a saudade deixou de descrever isso aqui. É como se fosse uma apatia, sabe? Um 'tanto faz' que se espalha por todos os cantos de mim. Tanto faz pro colégio, pras minhas notas, pras minhas amizades, pra minha vida amorosa fracassada, pra minha família destruída. Tanto faz pro mundo ao meu redor. Tanto faz você, também, que já há um ano não está aqui. 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

“And I remember when I met him, it was so clear that he was the only one for me. We both knew it, right away. And as the years went on, things got more difficult, we were faced with more challenges. I begged him to stay, try to remember what we had in the beginning. He was charismatic, magnetic, electric – and everybody knew it. When he walked in, every woman’s head turned, everyone stood up to talk to him. He was like this hybrid, this mix of a man who couldn’t contain himself. I always got the sense that he became torn between being a good person and missing out on all of the opportunities that life could offer a man as magnificent as him. And in that way… I understood him. And I loved him. I loved him, I loved him, I loved him. And I still love him. I love him”.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

offline



naty barbosa disse (23:10):
 sabe, é como se uma parte de mim tivesse morrido com você, como se um pedaço meu tivesse sido levado. A melhor parte de mim, na verdade. Aquela mais engraçada, sorridente, amável. Aquela que sabia ser legal com as pessoas, que sorria de tudo, que sabia dizer 'eu te amo'. Aquela que não tinha medo de morrer, que não tinha medo de doer, não tinha medo de ser feliz.
 aquela que correria até o fim do mundo pra ter quem ama.
naty barbosa disse (23:11):
 quando você morreu, eu corri até o fim do mundo, e não pude trazer você de volta. E depois disso eu desisti de ser eu mesma. Agora nem sei mais quem sou.

"Bianca' parece estar offline. As mensagens serão entregues quando esse contato entrar."

sábado, 7 de abril de 2012

i want to thank you

Eu queria te agradecer. Só agradecer. Por ter entrado na minha vida, por ter sorrido pra mim, por ter segurado minha mão, por ter me protegido de todos os meus fantasmas, por ter aceitado todos os meus defeitos, por ter enxergado que minha família não define quem eu sou, por ter me abraçado todas as noites. Obrigada por ter me amado, por ter dito que me amava, por olhar nos meus olhos, por ser você mesma, por ter me ensinado tanto. Obrigada por ter me mostrado que eu sabia amar, por ter me ensinado que o amor pode vencer qualquer coisa, que ele é maior. Obrigada por ter sido a pessoa que abriu meus olhos pras dores do mundo, por ter me feito ver que eu não sou a única com dores, problemas e defeitos. Obrigada por me ensinar o que é saudade, o que é carinho, o que é amor, o que é respeito.
Sabe, nem tudo o que você me ensinou, foi de propósito. Acho que você tentava aprender mais sobre você mesma, sobre a vida, sobre nós.. e acabou me ensinando mais ainda. Eu acredito piamente que as pessoas entram na vida das outras por um motivo. Acho que você entrou na minha vida pra me ensinar sobre o amor. Não que você soubesse que estava me ensinando algo, até porque você sabia até menos do que eu sobre o amor; mas no final das contas, você me ensinou tudo o que sei hoje.
Quando a gente perde alguém muito importante, acaba olhando pra trás e tomando a decisão de não cometer os mesmos erros que cometeu com essa pessoa. Acaba decidindo fazer tudo certo da próxima vez. Eu tomei essa decisão, porque o arrependimento de não ter feito tudo certo quando eu podia me consome até hoje. Acho que hoje em dia eu consigo ver mais nitidamente que não adianta chorar pelo passado, pelo que eu não fiz, pelo que eu fiz ou pelo que poderia ter feito. Agora, eu preciso é aprender com esse passado. Mesmo que da forma mais dolorosa, eu tenho que aprender a viver sem você, a fazer a coisa certa, a não tomar atitudes idiotas, a não mentir, jamais.
Obrigada por me ensinar tudo o que eu sei sobre a vida, obrigada por me ensinar a sorrir e amar.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Eu só queria que você tivesse voltado pra casa aquele dia. Não era pedir demais, era? Podia fazer o que fosse, beber o quanto quisesse, chavecar quantas meninas tivesse vontade. Eu não ia me importar, desde que você voltasse. Inteira, viva, respirando, sorrindo e sendo idiota. Você tinha que ter voltado pra casa.
Eu fiz isso. Encontrei seus amigos, sorri, brinquei, fingi ter esquecido quanto tempo faz, bebi tanto quanto pude, e depois voltei pra casa. Sã e salva. Não foi tão difícil assim.
Sinto sua falta. É até cansativo dizer isso mais uma vez, mas é que a cada dia a saudade aumenta. Quinta feira foi difícil, eu confesso. Foi muito difícil estar no evento que matou você, com todas aquelas pessoas que conheciam você. Foi irritante cumprimentar as pessoas e elas me olharem com aquele misto de pena e surpresa por eu estar ali. Eu tinha vontade de socar todas elas, até que parassem de ter pena. Se eles se preocupassem tanto assim não teriam deixado você nem encostar no carro aquele dia. Se eles gostassem tanto de você teriam passado comigo a dor do velório, do enterro. Teriam enfrentado os olhos tristes da sua mãe.
E ali estava eu, parada com um copo gigante de cerveja na mão, enquanto tentava imaginar você ali. Senti um vazio gigantesco no peito, e eu só conseguia pensar que não era tão difícil assim você ter voltado pra casa.

Escrito em 04/03/2012
Às vezes acho que tive sorte, que foi você quem mandou um anjo pra mim, que escolheu a dedo -assim como acredito que fez com sua mãe- alguém pra cuidar de mim e me fazer sorrir. Outras vezes -na maioria das vezes, aliás- acho que você me odeia por estar tentando ser feliz. Tenho na minha mente a ideia de que esse luto devia ser eterno, essa dor devia ser eterna. Depois que você morreu, eu simplesmente decidi não ser feliz mais. Não sorrir de verdade, não dar gargalhadas, não segurar as mãos de ninguém, não chamar de 'amor', não me apaixonar, não amar. Não viver, basicamente. Era difícil aceitar a ideia de que a vida continuaria quando você se foi. E ainda é.
Eu quebrei a minha promessa, acho que posso chamar assim, de manter minha vida parada, estagnada para sempre. Tenho sorrido, gargalhado alto, segurado as mãos de alguém, me apaixonei. É, eu me apaixonei. Não sei como, nem quando, ou porque. Simplesmente não consigo tirá-la da minha mente. Nem o sorriso dos meus lábios. Não dá. E eu tenho gostado disso, sabe? Eu gosto de estar sentindo essas coisas, gosto de abraçar e me sentir segura, gosto de ter assunto por três dias inteiros, gosto de estar viva.
E é aí que você entra. O que será que você tem achado dessa minha nova fase? Será que me odeia? Será que dói me ver com alguém? Será que você me vê? Ou você está orgulhosa de mim? Feliz por mim, por eu ter conseguido, tão rápido, enfrentar a dor e seguir com minha vida?
Prefiro acreditar que você está feliz por mim, orgulhosa de mim. É isso que as pessoas que amam fazem, né? Ficam felizes quando a outra pessoa tá feliz. E eu estou feliz. Tenho vontade de te sacudir inteira gritando 'amor, eu consegui, tô feliz!'. E eu queria ver você ficar feliz por mim.
Eu queria respostas, um sinal.. Qualquer coisa que me dissesse o que você acha, o que você pensa de eu estar feliz. Queria saber se você está bem, se sente dor, se precisa de alguma coisa... Não pense que te esqueci, penso em você do mesmo jeito, mas não choro tanto mais, e me disseram que isso é bom. Quando as pessoas da terra desapegam dos mortos, eles tem mais paz. Eu espero que você esteja bem, em paz. Sorrindo e fazendo os outros sorrirem. Espero que você não esteja sentindo dor, e que tenha aceitado que se foi. Que esteja aprendendo coisas pra fazer melhor na outra vida. E não me esqueça nunca, porque eu não vou te esquecer. Não importa o quanto eu ame alguém aqui, você sempre vai ter o seu lugar no meu coração.

terça-feira, 3 de abril de 2012

I remember you

''I remember too a distant bell
And stars that dwell
Like the rain out of the blue

When my life is through
And the angels ask me to recall
The thrill of it all
Then I will tell them
I remember
Tell them I remember
Tell them I remember
Tell them I remember you''

terça-feira, 20 de março de 2012

Happy one year, my love.

365 dias atras você sorriu pra mim e tornou-se meu sol. Naquele dia eu soube que você era o amor da minha vida, e uma idiota. Você ficou comigo e com uma outra trouxa qualquer, e eu realmente achei que nunca mais veria você. Dois dias depois você veio como boa samaritana me pedindo desculpas, e eu não pude deixar de sorrir, e não resisti a te dar uma chance de consertar. Você consertou bem até demais, e em poucos dias eu já estava totalmente apaixonada. Sorrio até hoje da sua estratégia boba pra conseguir meu telefone. Depois daquele dia acho que não passamos um único dia sem trocar mensagens. Uma semana depois de te conhecer, saímos de novo, eu pedi pra você namorar comigo, e você aceitou, é lógico. Você estava bêbada, como sempre; e eu com minhas borboletas no estômago, como sempre. Você disse que me amava, e eu disse que te amava também. Você arregalou os olhos, tão espantada. Eu estava assustada também, admito. Não achava que ia amar alguém tão cedo. Na verdade nem sabia se te amava mesmo, mas não podia decepcionar você, então disse que te amava. Minha namorada. Sentada na grama molhada com você do meu lado, eu não podia conter o sorriso. Você era minha namorada, dá pra acreditar? Não, não dava.
No outro dia, pela manha, acordei ainda com aquele sorriso. Eu tenho uma namorada, ela é linda, e disse que me ama. Caralho, eu tenho uma namorada e a amo. Naquele dia eu tive certeza que amava você, e nunca mais duvidei disso.
Depois daquele 26 de março, começou uma nova fase da minha vida, a melhor delas. Durante uns dois meses eu fui mais feliz do que achei que conseguiria. Eu sorria o tempo todo, era tão feliz que parecia que aquela alegria ia sair pela minha boca. Eu não achava que aquilo cabia dentro de mim. É claro que nós brigávamos, discutiamos, às vezes era difícil lidar com suas crises, suas bebedeiras, seus ciúmes. Não devia ser fácil lidar comigo também, admito. Mas aqueles dois meses foram incriveis, tudo era perfeito. O sexo, os beijos, as risadas, dormir pertinho, sentir o cheiro, os jantares românticos, os filmes de terror, os abraços, os sorrisos, os olhares... Tudo. Eu não podia pedir nada mais.
Um dia -até hoje não sei porque, e nunca vou saber- tudo mudou. Você se tornou outra pessoa, nos não éramos mais as mesmas. Não sei dizer se aquilo foi de repente se você foi mudando aos poucos, só sei que começou a doer, e só foi aumentando. Você inventava desculpas, mentiras. Me traiu incontáveis vezes, contou milhares de historias, usou vários motivos e desculpas, e quando vi, nem éramos mais um casal. Naquela viagem, em junho, com a Maria e o Eduardo, lembra? Tudo mudou, mais uma vez. Suas mentiras, suas historias, ou sei lá o que você tinha na mente, tudo caiu por terra. Você me contou a pior das traições, partiu meu coração, e depois fugiu. Eu não esqueço o aperto no coração que senti ao pensar em te perder. Tive tanto medo, fiz um inferno pra levar você de volta pra lá, e quando te abracei, foi como se você nunca tivesse me machucado, como se aquela dor nunca tivesse existido.
Nos dias depois disso, tudo voltou àqueles dias de lua de mel, tudo era perfeito, e nos amavamos como antes. Durou pouco, e você logo foi viajar. Eram as férias de julho e você foi passar com sua família. Senti tanta saudade que aquilo me corroía, me adoecia. Passei todo aquele mês como uma noiva de soldado em guerra. Você adoeceu e eu não pude cuidar de você, você saia e eu não podia controlar quantas doses você tomaria, ou se fumaria os cigarros que eu detesto. Um dia eu e seus amigos saímos, e até hoje acho que se aquele dia não tivesse acontecido, tudo seria diferente. Eu machuquei você, e você quebrou meu coração. Eu não achei que os cacos do meu coração iriam se recuperar, não achei que conseguiria reconquistar você. Naquela ultima semana das suas ferias, alem da sua pneumunia, tinha o medo de não ter você de volta. Você falava de outras meninas, ficou com outras pessoas, abriu feridas a muito já fechadas, recomeçou historias, renovou amores, e voltou. Lembro que me disse que eu não era mais a pessoa por que você tinha se apaixonado, que eu era triste e depressiva, sendo que antes eu era alegre e sorridente. Mal sabia você que todos os meus sorrisos e minhas lagrimas tinham só um motivo, uma razão: você.
Disse que eu tinha que reconquistar você, no mesmo dia em que conheceria sua mãe. Acordei até com dor de barriga, estava desesperada. Eu veria você, depois de mais de um mês, conheceria minha sogra e teria que te reconquistar. Fiz de tudo para não olhar demais pra você, eu sabia que não conseguiria parar as lagrimas se olhasse em seus olhos. Sorri o tempo todo, fiz piadas, fiz você sorrir, fiz você olhar pra mim com os mesmos olhos que você olhava antes. Cheguei em casa e uma mensagem sua me esperava: 'conseguiu haha' e eu demorei um bom tempo para entender. Eu tinha conseguido fazer você se apaixonar por mim mais uma vez. Deu tudo certo. Isso foi uma sexta feira, no domingo de manha você apareceu na minha casa, mais linda do que nunca, naquele carro preto e com o sorriso que brilhava mais que o sol. Você apareceu aqui dizendo que sim, eu tinha conseguido e você me amava. Estávamos bem. Ficamos um pouco aqui, depois levamos sua mãe até a rodoviária, fomos ver um filme, andamos de mãos dadas, e meu coração estava quente, aquecido mais uma vez. Eu estava bem, nós estávamos bem.
Os próximos dias foram de casados, eu diria. Apesar de estar tudo bem, estava tudo frio. Nada era como antes, mas meu amor crescia a cada segundo. Você dormia na minha cama, me dava bom dia, me abraçava e às vezes segurava minha mão. Na verdade não consigo me lembrar se disse que me amava. Sei que não era como antes. Enquanto você se vestia, perguntou porque eu olhava daquele jeito pra você, e eu não sei porque olhava daquele jeito, só sabia que algo estava errado. A ultima vez que vi você viva, você me acenou um tchau que doeu infinitamente. Não sei explicar o que eu senti, e também não quero falar mais uma vez do dia que você foi embora, daquele dia, o mais doloroso da minha vida. Na verdade, não sei bem como terminar isso aqui. Eu só queria dizer que aqueles cinco meses que vivi com você foram como anos, milênios. Era como se eu conhecesse você de outras vidas, outras historias. Era como se meu amor fosse alem da vida. Obrigada por ter me ensinado tanto, por ter me feito crescer tanto, por ter feito doer tanto, por tantas lagrimas, sorrisos e risadas. Obrigada pelos beijos, pelas palavras doces e pelos abraços. Muito obrigada por ter me ensinado o que é amor, o que é entrega, saudade. Obrigada por ter me amado tanto, e por ter me feito ver que eu também sabia amar. Obrigada por me mostrar que quem ama não quer nada em troca, não precisa de nada em troca. Obrigada por ter entrado na minha vida, e por ainda estar nela; de qualquer forma. Obrigada pelos 365 dias que mais me fizeram crescer. Feliz um ano, amor.

domingo, 18 de março de 2012

Remember me

"O que você fizer na vida será insignificante, mas é da maior importância que você o faça porque ninguém mais o fará. Como quando alguém entra na sua vida e metade de você diz que você não está nem um pouco preparado. Mas a outra metade diz: Faça com que ela seja sua para sempre.
Michael, Caroline me perguntou uma vez se eu sabia o que te diria se soubesse que você pode me ouvir. Eu disse que sabia. Eu te amo, sinto sua falta. Deus, como sinto sua falta. E eu te perdoo. "
Eu fiz você ser minha, para sempre. Não, eu não estava pronta, eu não sabia o que era amor, dor, verdade. Você me ensinou tudo o que eu sei, e hoje eu tenho certeza de que sei o que é amar alguém. Sei o que é perder alguém, sei o que é dor e o que é saudade. Não vou mentir dizendo que perdôo você. Ainda não perdoei, sabe? Não me conformo com como você me deixou, como partiu sem dizer adeus. Como me deixou aqui, com saudades. É egoísmo, eu sei; mas é difícil aceitar que você teve a escolha, pegou aquele maldito carro e preferiu ir pra longe de mim, longe de nós, ao invés de ir dormir comigo, e ficar comigo pra sempre. Ainda não te perdoei, talvez um dia eu consiga... Mas o amor, ah, esse não passa jamais, eu te amo e sempre vou me lembrar de você.
365 desde que te conheci, 365 sem sair da minha mente.

sábado, 17 de março de 2012

Happy Saint Patrick's Day

Ah, St. Patrick's day... Simbolicamente faz um ano que eu conheci você. E quem diria, hein? Se alguém viesse, um ano atras, me contar sobre me vida agora, eu não acreditaria. Olha quanta coisa mudou, quanto eu cresci, quanto eu chorei e quanto eu senti. E no final das contas tudo gira em torno de você. Tudo o que aconteceu na minha vida nesse ultimo ano, teve a ver com você. Eu pude sentir você por perto todas as vezes em que tomei uma decisão, quando passei por todos aqueles momentos difíceis, todas as vezes em que ri sem vontade. Eu não imaginava nunca que você se tornaria parte tão importante da minha vida, não acreditava que aquele sorriso poderia fazer tanta falta. Não sabia que você iria me proporcionar tanta dor.
Se um ano atrás eu soubesse de tudo, eu teria sorrido pra você do mesmo jeito. Eu teria andado de mãos dadas e sentido borboletas no estômago, teria, com toda certeza, arrepiado quando você falou baixinho no meu ouvido, teria beijado você na frente daquele bar cheio de homens bêbados. Eu nunca poderia me arrepender de ter conhecido e amado você.
Será que o fato de eu não conseguir escrever pra você mais significa que eu te superei? Que eu consegui deixar você no passado?
Acho que isso é só um bloqueio. É lógico que eu não te superei, você me dói todos os dias e eu ainda penso em você todos os segundos, mas eu simplesmente me acostumei com isso. Criei um quarto confortável dentro do meu coração pra você e pra minha dor, e te tranquei ali dentro. Se eu não fizesse isso, provavelmente não conseguiria viver mais, e aí eu não sei o que seria de mim.
Demorei muito pra tomar essa atitude, pra trancar você num cômodo dentro de mim, e seguir a vida. Não foi fácil, é claro que não. Às vezes ainda abro discretamente a porta do quarto e espio ali dentro, entro de mansinho, vejo as fotos nas paredes, as lembranças, ouço sua risada e beijo você. Me deito ao seu lado e choro um rio. Depois me levanto, lavo o rosto e finjo que nada aconteceu. Acho que é assim que viciados em drogas fazem, não é? Resistem o quanto podem, tomam um pouco do seu vicio e fingem que nada aconteceu, como se tudo continuasse na mesma. Acho que sou viciada em você, e isso não é de hoje. Desde que te conheci, me viciei em você, e isso foi aumentando cada vez mais. Agora sou uma viciada em abstinência, e eu ainda sou apaixonada, completamente apaixonada pela minha droga.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Eu queria te escrever uma carta que só tivesse a pureza do amor. Queria te escrever um bilhete em que só 'eu te amo' fosse suficiente para traduzir tudo o que sinto. Tenho vontade de escrever um livro falando de amor, de final feliz e de romance. Queria que você lesse minhas cartas, meus bilhetes e meu livro. Eu queria muitas coisas.
Eu queria muitas coisas, mas como de praxe, nunca consigo concluir essas tantas coisas que eu queria.
Sabe, no começo era difícil me adaptar à ideia de que eu nunca mais veria você. Eu conversava com suas amigas, descobria coisas sobre você e pensava 'nossa, quando eu ver a Bianca de novo vou pergunt...' e aquele nó que não me deixava concluir. Eu nunca mais veria você, nunca mais te perguntaria nada, aquelas dúvidas que deixei pra amanha, pro dia seguinte, eu nunca tiraria. Aquela história que não deixei você contar quando estava de mau humor, jamais saberia o final. Aquela música que você cantava e eu nunca perguntei o nome, jamais ouviria de novo. Foi difícil me acostumar com isso, sabia? Não foi nada fácil aprender o que é 'nunca mais', por muito tempo chorei a cada vez que pensava que nunca mais ouviria sua voz. Foi difícil. Ainda é.
Eu queria ter escrito uma carta bem bonita pra você, dizendo tudo o que eu precisava te dizer. Queria ter tirado o nó de dentro da minha garganta, reclamado das suas conversas, das suas traições, da sua grosseria. Queria ter falado o quanto me machucava sua indiferença. Queria ter agradecido por ter tanta paciência comigo. Por me levar pra almoçar, por sorrir das minhas brincadeiras. Por me tirar de casa. Por ter me feito usar o cabelo de lado. Por dormir abraçada comigo. Queria ter falado tanta coisa que eu deixei pra amanha, e agora eu aprendo a lidar com o 'nunca mais'.

Sentimentos de menina agridoce

Perguntam-me como estou. Estou bem... Fazendo as mesmas coisas. Só está um pouco heavy metal. Mas... ainda abro os olhos todas as manhãs e os quero fechar logo em seguida. Claro que vou escrevendo dolorosamente, vou respirando mesmo que com dificuldade, ás vezes, sublimo, ás vezes, orvalho-me. Peguei umas coisas, coloquei ao sol pra secar. Deixei lá fora secando. Daqui a pouco vou lá olhar. Mas, por enquanto, enquanto o tempo, o vento e o sol não as desidrata, vou ficando aqui, encolhidinha. Ontem, tive que sair do labirinto, colei o sorriso com uma cola super adesiva, ele tinha que segurar por um tempo, peguei um monte de purpurina e coloquei nos olhos, eles andam muito enervados. Antes de sai, voltei, tinha esquecido o assobio, e todo mundo sabe que o assobio custa uma imensa coragem. Fiz esforço. Ninguém percebeu. Apesar de o sorriso sair sempre meio soluçado. Estava aparentemente bem e a noite transcorreu sem que ninguém notasse a revoada intíma das lágrimas que se acumulava e queriam romper as barragens dos esparadrapos que eu tinha firmemente envolvido meu coração destroçado. Sorri. Sorri a noite inteira. E as pessoas conversavam com uma moça tão espirituosa e divertida. Do que adiantava mostrar o desespero, a tristeza, a angústia? Não quero a pena de ninguém. E as pessoas cansam-se logo de nossas tragédias. Mas, também não quero as pessoas. Não quero ter que me maquiar toda e depois no menor dos descuidos, quando as lágrimas afloram, virar uma espécie de urso panda, não quero ter que sorrir enquanto sinto dores vindas não sei de onde que contorcem meu interior como se eu fosse uma boneca de vudu. Quero ser madura e não sofrer por certas coisas. Quero ser realmente forte. Quero não ter o coração partido em cacos tão pequenos que continuam doendo e seguem amando com a mesma intensidade. Quero que comprimidos acabem com a dor e não só a coloque numa roupagem pesada. Oh, quero tanta coisa. Não quero mais o silêncio como companhia. Estou ouvindo música. Muita música. E elas dão beleza à dor. Elas colocam um pouco de corzinha nas coisas cinza. Dor é cinza. E nesse processo se despreza todos os pequenos prazeres. Eles deixam de existir.
Se o amor é a única coisa que imprime sentido aos nossos pobres caminhos nesse mundo, a dor é o que faz deles uma estampa desbotada.

[ Lia Araújo]

domingo, 4 de março de 2012

Onde deveria haver um coração não há nada mais que uma massa disforme. Só um órgão dilacerado e cauterizado. Há um imenso vazio. Só há saudades. Tenho a voz cansada de gritar seu nome no silêncio que ecoa dentro de mim. O grito se perdeu no som inaudível do meu choro que abafo no travesseiro. Só queria o ter por perto. E contigo chorar toda a tristeza de ser tão só.

Estas perdido para sempre. Nunca o consegui alcançar...nunca cheguei ao seu coração. E agora, não tenho mais o meu. Tudo me escorreu pelos dedos... como os grãos de areia da ampulheta do tempo que se esgota... Grão a grão... e eu mesma os ouço se esvaindo. Perder-se também é um caminho. E é muita coragem desistir do caminho depois de tanto tempo, isso porque ando, corro e me arrasto, mas você fica cada vez mais distante. Olho para os lados e é como se estivesse presa naqueles sonhos que você corre, corre e continua no mesmo lugar. Olho o mundo e agora reina o nada. Você reinava no meu pensamento, nas minhas palavras. Mas, palavras hoje deixam de ser necessárias. Dissipei-me em lágrimas de fuga sobre os meus sonhos. Sonharia contigo, se já não os habitasses.

Sem você as minhas noites são tão tristes. Os dias. O mundo não me interessa mais. O mundo é desesperadamente prático e não há lugar para dores sentimentais e corações despedaçados. Aliás, não tenho mais lugar em lugar algum. Eu só finjo que tenho. Irei fingir para o mundo. Ninguém suspeitará da dor por cima desse sorriso recortado de tempos passados e colado sobre esse rosto que agora só encerra a consternação. Só os olhos me denunciarão para os mais atentos. Só eles mostrarão o buraco na alma da parte de mim que me falta, era o lugar onde habitavas. Você não os perceberá... Será melhor assim. Não sobrou muita coisa. Só sobrou a música. Serei eternamente uma caixinha de música desacertada, tocando sempre a mesma melodia, arranhada pelo tempo, roubada pela vida, destroçada pelo amor.

[ Lia Araújo]

when you try you best but you don't sucede.

Há dias essa amargura não sai do meu peito. Desde que me encontrei com sua mãe, acho, esse gosto amargo não sai daqui. Essa tristeza, essa vontade de morrer ou de matar. Tudo bem, eu sei que é normal sentir isso às vezes, já me acostumei a ir dormir com os olhos inchados de chorar e com dor no coração, soluçando e até tremendo. O problema é que a dor não passa quando eu acordo. Eu não tenho acordado com esperança, a dor não passa quando o sol chega. E isso tem me e n l o u q u e c i d o. Não sei lidar com sentir coisas, não sei lidar com minhas lágrimas e com esse choro todos os dias. Não sei lidar com a dor, com as saudades, com a necessidade de dormir usando sua aliança só pra me sentir mais perto de você. Não consigo sufocar as lágrimas, não consigo desviar o pensamento, não consigo engolir o choro, não consigo forçar o sorriso, fazer a voz sair, arrumar assunto.
Minha mente não consegue se acostumar com o fato de não ter você, muito menos meu coração. Meu corpo pede por você a cada segundo, meus olhos imploram por ter sua visão, e meus lábios sentem sede dos seus. É impossível me acostumar com a sua ausência, e eu não consigo mais fingir que tudo bem sentir saudades. Me sinto mal por estar viva, me sinto mal por dar risada, por conhecer pessoas novas, por experimentar coisas novas, por beber, por ver filmes, por tudo. Me sinto mal por ter continuado a vida sem você, ao mesmo tempo que me sentiria mal por estar viva sem aproveitar o ar que entra nos meus pulmões, quando sei que tudo o que você mais queria era estar viva.
Tenho pedido tanto por noticias suas, pedido pela sua voz e pelo seu sorriso, e saber que eu não posso ter você nunca mais tem me matado a cada segundo. Parece que às vezes tento te esquecer, esquecer o que aconteceu com você, e quando me lembro, a cada vez que cai a ficha do 'nunca mais' é uma facada no meu peito, e a cada facada parece doer mais.
E depois de quase 7 meses sem você, eu ainda te amo. Quando é que isso vai passar?

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Get you insane

Devo estar enlouquecendo você, não é? Um dia escrevo que está tudo bem e já até sorrio quando falo de você. Que encontrei um novo amor. Que tenho sorrido de verdade. Aí nos outros dias afogo em depressão e despejo em você toda a dor. Não aguento mais viver, não tenho esperanças, não sinto mais nada. Você deve achar que fiquei louca, e deve ficar ainda mais louca que eu, aí do outro lado, sem poder me responder, me mandar calar a boca ou parar de drama. De vez enquando fico imaginando você aqui do meu lado se sacudindo toda, pulando, dançando, gritando e batendo num vidro invisível que te separa de mim; fico imaginando o quão frustrada você deve estar, me vendo surtando aqui e sem poder fazer nada. Você me vê chorando e tem vontade de me abraçar? Você caminha ao meu lado quando eu decido fazer uma dessas caminhadas solitárias pra ver se te encontro numa das esquinas? Você me ouve? Será que fica desesperada tentando me responder, assim como eu fico desesperada por respostas?
Hoje é um dos dias em que a depressão parece me corroer, hoje não consigo sorrir pensando em você. Hoje nem consegui chorar, na verdade. Só senti saudade, aquela de dilacerar a alma, de cortar o coração. Vi nossas fotos e não pude acreditar que você se foi. Até hoje não acredito, sabia? Prefiro acreditar que você me largou por umazinha qualquer e foi morar sei lá, em Londres. Assim é mais fácil, não é? Se você tiver ido morar em Londres, talvez daqui um, dois, dez, vinte ou cinquenta anos, a gente se esbarre por aí, vá para um bar tomar uma cerveja e ria de como nossas vidas se desencontraram. Quem sabe?

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Look at myself

Acho que eu me finjo tanto de forte que acabei acreditando nisso. Entrei no papel. E como ninguém convive comigo o dia inteiro, acaba acreditando nessa personagem que criei. Mas se você me ver com cara de cu durante todas as aulas, chorando todas as noites, sendo mal educada o tempo todo em casa, forçando sorrisos simpáticos para quem eu devo sorrir, tendo conversas fúteis e grosseiras com as pessoas no Facebook e postando baboseiras no blog; acho que você sabe que eu não sou forte porta nenhuma. Eu só não tenho coragem de desistir.
Na realidade, eu não sei como as pessoas ainda me suportam. Quer dizer, deve ser por pena, né? Que as pessoas me chamam pra sair, me abraçam no intervalo das aulas, riem das minhas piadas idiotas e me suportam meu mau humor todos os dias. Devem pensar 'oh, coitadinha, perdeu a namorada, os pais estão se separando, sofre com a orientação sexual... Não posso deixar ela sozinha!' e aí aparecem pra tentar me fazer ser simpática. Não tem outra explicação para o fato de as pessoas ainda serem legais comigo. Eu não sou simpática há tempos, não faço ninguém rir, sou irônica e mal educada, muito. Não dou bons conselhos e não sou inteligente. Então porque é que as pessoas continuam sorrindo pra mim?

sábado, 25 de fevereiro de 2012

You are not comming back, are u?

O mais frustrante disso tudo é saber que não importa o quanto eu chore, faça drama e me desespere, nada pode te trazer de volta. Não importa com quantas pessoas eu brigue, quanto dinheiro eu gaste, quantas vezes eu chame seu nome, você não volta mais. Não faz a menor diferença tentar sorrir, sair de casa, ser legal com as pessoas; você não vai fechar o buraco aqui dentro.
Acho que é nessa hora que se morre em vida: quando não há esperança de felicidade. Quando nada te trás alegria, quando tudo é feito só pra cumprir a rotina.
E s p e r a n ç a. Engraçado, há tempos eu não sinto isso. Nem uma pontinha. Eu não tenho esperanças de que um dia você volte pra mim, apareça na porta do colégio com seu rayban e um sorriso na cara. Não tenho esperanças de que um dia tudo vai voltar ao normal, vamos dormir abraçadas, vou sentir seu cheiro até enjoar, seu shampoo vai me fazer espirrar e seu beijo vai me deixar com o coração disparado e com falta de ar. Não tenho esperanças de que seus lábios voltem a tocar os meus. Não consigo sonhar com você, falar muito sobre você, ou pensar em você sem que doa. Às vezes ainda choro, mas ficou tão raro eu me permitir sentir fraqueza que acabo guardando tudo dentro de mim, pra ver se um dia te esqueço e nunca mais deixo escorrer uma única lagrima.
Eu não queria que fosso assim, mas é que é um pouco difícil ter esperanças quando sua força foi embora, e já nem tem vida.

And still counting

11 meses hoje, meu amor. Eu te amo, neném.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Eu costumava dormir abraçada com aquela tartaruga de pelúcia pra ficar lembrando do seu perfume, mesmo que fora da sua pele, ele fosse totalmente diferente. Quando você voltou de viagem, eu nem pensei em pedir pra você passar o perfume ali de novo, achei que não iria precisar dormir imaginando você ali tão cedo. Agora o seu perfume já passou, só senti o cheiro uma vez, depois que você se foi: no carro da sua mãe. Ela usa o mesmo perfume que você, provavelmente até o mesmo vidrinho, que ainda estava quase cheio. Não me lembro mais do cheiro na sua pele, há muito tempo já não acho seus fios de cabelo preto nos lugares mais estranhos, e acho que nem reconheceria sua risada se a ouvisse. Há tempos não consigo criar diálogos e ouvir sua voz mentalmente. Não consigo imaginar o que você faria em determinadas situações da minha vida, que tomou um caminho totalmente diferente do que eu esperava. Não sei dizer se tenho feito você feliz, e não sei se você está orgulhosa de mim. Tenho perdido você dentro de mim com certa frequência, e você nem sabe o quanto isso me assusta. Fico com medo de um dia esquecer até seu nome, ou sua data de aniversário. Tenho medo de passar um dia inteiro sem lembrar de você, e isso nem doer.
Tenho pavor de pensar que um dia você pode se tornar só uma lembrança. Você tem sido cada vez menos presente na minha vida, eu não consigo te encaixar nos lugares, nem falo de você mais (as pessoas ficam incomodadas, como se fosse minha obrigação já ter esquecido, por isso evito falar de você e até mesmo dizer seu nome) ou faço brincadeiras sobre você. Acho que vai chegar um dia em que você vai se tornar só uma memória distante, e eu nem vou saber dizer se você realmente existiu, ou se foi só um fruto da minha louca imaginação. Não vou saber dizer se todos aqueles diálogos realmente existiram ou se eu os inventei, não terei certeza se sua voz era mesmo bonita ou se eu desenhei-a assim, e talvez eu nem saiba se seu cheiro e sua risada e seu olhar eram tão marcantes assim. Talvez eu tenha criado tudo isso. Talvez você nem tenha existido mesmo.
A gente não devia precisar perder as pessoas de vez pra sentir falta delas. A gente devia ter uma chance de tentar de novo, recomeçar do zero, rever os erros, pedir desculpas. As coisas não deviam acabar assim, não devia ser tão infeliz o fim de uma história, não há justiça no mundo, se existem pessoas que como você deixaram a vida sem um final feliz.
Fico pensando que você vai passar toda a eternidade ali, com aquela mesma cara de que não queria ter morrido, aquele sofrimento, medo. Você tinha tanto medo de ir embora, tinha tanto medo do que aconteceria depois.... Será que você encontrou seu caminho? Ficou tudo bem?
Outro dia achei que tinha sonhado com você, mas eu estava acordada, e consegui até escolher as roupas e o tênis que você usava. Acho que era uma alucinação, eu estava com febre, sabe? E então, eu ficava tentando fazer você falar algo, mas não sabia o que queria que você dissesse, não sabia o que queria ouvir... Então só imaginei você sorrindo pra mim, e foi o suficiente pra me deixar com ainda mais saudades, e praquele aperto no coração aumentar ainda mais. Depois que a febre passou, não consegui mais imaginar você, mas a saudade continuou grande. Voltei a pedir pra sonhar com você, pra ter notícias suas. Fazia um tempo que eu não pedia pra sonhar com você, e faz muito tempo que não sonho com você. Acho que nem lembro direito da sua voz mais, na verdade. Tenho medo de esquecer você de vez... Não posso deixar você morrer dentro de mim, ainda vou te dar o seu final feliz.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

after all

Ultimamente não tenho sabido muito bem o que te dizer. Às vezes acho que sequei de vez, e não sinto mais nada. Nem amor, nem dor, nem saudades, nem alegria, nem tristeza, nada. Tenho a impressão que que tudo sumiu de dentro de mim, você me entende? Como se eu já tivesse gasto toda a cota de sentimentos que eu tinha direito, e agora acabou. Mas eu achava que quando essa cota acabava, você morria; afinal, o que é que um corpo vazio de sentimentos faz ainda vivo? Então me restam duas opções: ou eu morri em vida, ou ainda existe sentimento aqui dentro.
Quando eu chego à conclusão de que ainda existe algo aqui, fica ainda mais difícil. Eu não vejo alegria nenhuma em estar viva, entende? E aí quase não consigo segurar as lágrimas. É que os sentimentos bons acabaram, e eu só consigo ver tristeza. E eu estou meio cansada disso, dessa tristeza, dessa infelicidade, desses sorrisos que eu nem sei se são meus, desses abraços que não preenchem o vazio dentro de mim, dessas vozes que não me arrepiam, desses amores que acabam e começam , dessas pessoas preocupadas demais com coisas que não me importam. Eu cansei, cansei. Todo dia deito e penso que amanha vai ser a mesma merda, a mesma saudade, o mesmo tédio, a mesma dor, as mesmas memórias. Todos os dias tento te dizer que te amo, pra ver se ainda é verdade. E sempre é. Eu não deixo de te amar nunca, não deixo de te querer e te precisar, mesmo não tendo e não podendo precisar, eu ainda te amo. Não entendo como é possível sentir falta de alguém que já se foi a tanto tempo. Não consigo entender como é que é eu ainda te amo, depois de tanto tempo, tanta dor, tantos acontecimentos. Não sei como é que ainda cabe amor dentro de mim.
No final das contas eu acabo percebendo que os sentimentos não acabaram, eu é que não sei usá-los mais. Tudo virou lixo pra mim, tudo virou nada, e minha vida está debaixo da terra, junto com todos esses sentimentos, toda essa alegria. E depois de tudo, virei uma das pessoas que mais temia ser: alguém que não vive, só... existe.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Questions about love

Será que você sabia o quanto eu te amava? Será que tinha a mínima noção do quanto significava pra mim? Às vezes acho que se soubesse o quanto eu te amava, me preocupava e precisava de você, nem teria entrado naquele carro. Se você soubesse, por antecedência, o que aconteceria comigo depois da sua morte, jamais teria permitido que as coisas saíssem do controle.
Acho que você nunca me amou tanto assim. Nem aquele começo, quando tudo eram flores, tudo era um conto de fadas, acho que nem aquilo era real, no final das contas. Sempre faltou alguma coisa pra você, sempre faltaria. Eu nunca seria o suficiente, nunca fui boa o bastante, não é?
Eu não queria guardar magoa de você, não queria mesmo, mas parece inevitável quando vejo a situação em que fiquei, a pessoa que me tornei, as dores que tomam conta de mim. Quando vejo que você poderia ter evitado, sinto uma dor parecida com um soco no estômago. Quando vejo que eu poderia ter evitado, sinto algo parecido com um tiro.
Você vê o que eu virei? Você também sente falta do meu sorriso? Acha que me tornei alguém desagradável, insuportável? Eu sei que aqui no fundo ainda existe alguém capaz de amar, eu provei isso pra mim mesma, quase cheguei ao âmago dos meus sentimentos. A pergunta que fica é se ainda sou capaz de ser amada. Quer dizer, alguém conseguiria amar alguém com tantas cicatrizes? Alguém que não consegue deixar o passado no passado? Alguém que não conseguiu dizer adeus?
Será que um dia alguém me amou de verdade? Você, será que você me amou de verdade? Eu já fui amável um dia?
Que merda, quando é que você vai começar a responder minhas perguntas?

domingo, 29 de janeiro de 2012

Não sei porque continuo fazendo planos de me encontrar com você e ter meu final feliz, se no outro dia de manha acordo com a mesma cara de sempre.
Eu sinto sua falta, a cada segundo. Me desculpa por ser uma idiota.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

love is all you need

Eu queria encontrar alguém que me me olhasse nos olhos e sustentasse meu olhar, que visse minha alma, como você fazia. Queria que alguém visse esse medo dentro de mim e dissesse que eu não preciso ficar assim, que no final vai dar tudo certo, ou que vai ficar tudo bem. Não me importo que seja mentira, eu só queria desesperadamente ter alguém em quem me segurar. Faz tempos que não me sinto segura, e tenho a impressão de estar o tempo inteiro numa daquelas pontes cheias de buracos e pisos soltos, e a qualquer passo mais forte, ou mais fraco, eu vou cair. Meus dias têm passado deslizando, escorregadios, cheios de medo, de ansiedade, desespero. Um vazio indescritível, uma saudade destrutiva e uma dor incomparável.
Quinta feira sempre é pior. E essa foi ainda pior: faríamos 10 meses. Caralho, que saudade. Você não tem noção do quanto eu sinto sua falta, né? Eu sei que ultimamente tenho sido durona, e até meio sacana, estou tentando te esquecer, admito. Sorrio por aí e finjo que você nem me faz falta. Às vezes acho que as pessoas até acreditam em mim, quem sabe. Tentei me apaixonar, na verdade acho até que consegui, mas acho que eu sou louca demais, estranha demais, complicada demais, e ninguém me aguenta. Acho que nem você aguentaria, com a barra que eu tenho passado. Mas era exatamente agora que eu precisava de você. Agora, que eu não consigo segurar as lágrimas. Agora, que tudo parece desmoronar, agora, que eu nem sei o que dizer, o que fazer, ou onde minha vida vai parar. Eu queria que tudo se resumisse a amor, sabe? Queria que fosse 'all you need is love', mas os Beatles estavam errados, e tem muito filho da puta no mundo, não vai ser o amor que vai salvar minha vida. Eu precisava tanto de você aqui, precisava tanto da sua mão na minha, precisava tanto de um abraço, de dormir pertinho, de me sentir segura. Eu queria sair dessa ponte sem fim, desse penhasco, dessa areia movediça, desse carro sem freio e sem direção. Queria chegar em terra firme, em braços firmes e em sorrisos de verdade. Eu queria chegar até você. Queria ser de verdade. Queria que o amor salvasse minha vida.

domingo, 22 de janeiro de 2012

still loving u

Ultimamente eu tenho conseguido até sorrir quando falo de você. Acho que aquela coisa de 'guarde só as coisas boas' tem feito efeito. É até clichê dizer isso e eu sei, mas eu vou te guardar no fundo do meu coração pro resto da vida, vou te amar pro resto da vida e vou lembrar de você pro resto da vida, mas você não volta mais, então o máximo que posso fazer é lembrar de você de uma forma boa. Eu sorrio quando penso em você e quando falo de você. Gosto de lembrar dos momentos bons, gosto de lembrar das nossas risadas e dos nossos beijos. Gosto de pensar em você e gosto até de sentir sua falta; porque isso me faz acreditar que ainda sinto algo. Quer dizer, sentir sua falta significa que ainda consigo sentir alguma coisa. Algo real e intocável, que nada nem ninguém pode mudar. Nem você pode mudar, você não pode me machucar mais.
Só não gosto de lembrar de você quando me faz chorrar. Quando me lembro que só você me entendia e com você e eu podia falar de todas as minhas dores e mágoas e tristezas e infelicidades. Você não me criticaria pelas decisões dos meus pais e pelas atitudes deles, não tinha medo de chegar perto de mim, de me abraçar. Eu podia dizer 'eu te amo'. Eu consigo dizer que te amo até hoje, sabia? eu te amo, eu te amo, eu temo. Grito para os sete mares, sem problema nenhum. E esse talvez seja o único momento em que me sinto de verdade, me sinto eu mesma por inteiro. Não tenho mais segredos com você. Você me vê o tempo inteiro, eu não posso mentir pra você mais. E mesmo assim ainda te amo. Mesmo depois de tudo que passou, todos esses meses, eu ainda te amo. E vou amar pra sempre, nesse lugar chamado coração. Podem vir mil depois de você. Um milhão. Eu ainda vou te amar.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

just to know who I am

Às vezes acho que sou uma grande farsa. Um monstro, sabe? Não sei o que se passa dentro de mim, mais. Acho que vesti tantas máscaras e enganei tanto a mim mesma, que não consigo me encontrar de verdade, não sei mais quem sou eu.
Vezenquando sinto tanto sua falta que tenho vontade de morrer e acabar logo com isso, simplesmente te ver mais uma vez. Outras vezes sinto só culpa, culpa por estar feliz, por estar sorrindo e talvez até me apaixonando. Me sinto um monstro por rir e brincar, por pensar na minha vida sem você, me imaginar daqui 20 ou 30 anos. Sozinha, ou com alguém, não importa, eu não estaria com você. Às vezes sou mesmo um monstro, faço piadas mórbidas e me assusto comigo mesma, quando passa pela minha mente um 'ah, nunca nunca me amou de verdade, nem se importaria de eu estar vivendo'. E outras vezes é só um vazio, um tanto faz, um 'foda-se se eu morrer amanha, foda-se se o mundo acabar no domingo e quem é que liga se o mundo é um inferno, agora?'.
Eu tenho medo de ter me perdido para sempre. A quem eu quero enganar? Eu já me perdi. Nem sei mais quem eu sou. Nem sei qual é o meu sorriso de verdade e a minha gargalhada real. Nem sei se esse aperto no estomago sempre esteve aqui ou se eu já me acostumei com ele. Não me lembro de qual foi a ultima vez que não pensei em você. Não me lembro da última vez em que eu estive feliz.
Ontem me sentei no chão do meu quarto, com a aliança que você me deu, exatamente como estávamos naquele dia, e fiquei tentando lembrar de tudo que senti. Não me lembro. Nem sei se eu fiquei tão feliz quanto imagino, nem sei se eu gostava tanto assim de você, naquela época.
Hoje fazem 23 semanas desde que você morreu, e eu nem lembro de quão triste eu fiquei, nem sei se eu chorei tanto quanto me lembro. Nem mesmo sei dizer se eu estou mais ou menos feliz, hoje em dia. Nem sei o que eu sinto, nem sei quem sou. Acho que fazem 23 semanas que eu morri, e o que sobrou foi esse corpo estranho e feio, que nem sabe quem é, na realidade. E se eu nunca mais me encontrar, e se essa estranha ficar aqui pra sempre? Eu preciso de você pra me dizer quem eu sou.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Pára o mundo que eu quero descer. Que inferno, não aguento mais sentir medo. Parece que todas as emoções possíveis de serem sentidas, viraram só duas: Saudade e medo. Saudade de ser feliz, de estar com você, de te beijar se sentir seu cheiro. Saudades de poder confiar em alguém plenamente, de dormir abraçada e de acordar só pra olhar pra você. Saudades do seu toque e da sua risada. Do seu abraço, do seu sorriso, do frio que eu sentia perto de você. Medo de passar por tudo isso, mais uma vez.
Não quero mais amar, não quero mais sentir, e nem me importo de nunca mais sorrir. Eu só não quero doer de novo. Não quero, não quero e não quero. Mil vezes. Eu não aguento mais me apaixonar pra sofrer. Depois de você, não consigo mais acreditar em final feliz e que tudo vai dar certo. Não acho justo comigo, me fazer passar por todo esse sofrimento de novo. Não acho que consigo aguentar mais lágrimas, mais saudades, mais brigas, mais ciumes, mais raiva, mais pirraça. Não consigo aguentar outro 'adeus', e eu sei que é inevitável, de um jeito ou de outro. Eu desisto, não quero mais sentir amor.

O amor nos tempos de cólera

"Não podia afugentar um recôndito sentimento de rancor contra o marido por havê-la deixado só no meio do oceano. Tudo o que era dele a fazia chorar: o pijama debaixo do travesseiro, os chinelos que sempre lhe pareceram de doente, a recordação de sua imagem se despindo no fundo do espelho enquanto ela se penteava para dormir, o cheiro de sua pele que havia de persistir na dela muito tempo depois de sua morte. Parava no meio de qualquer coisa que estivesse fazendo e dava um tapinha na própria testa, porque de repente se lembrava de alguma coisa que esquecera de lhe dizer. A cada instante lhe vinham à mente as tantas perguntas cotidianas que só ele podia responder. Certa vez ele dissera algo que ela não pudera conceber: os amputados sentem dores, cãibras, cócegas, na perna que não têm mais. Assim se sentia ela sem ele, sentindo que ele estava onde mais não se encontrava.''
Gabriel Garcia Márquez


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Death Caf for Cutie

''You may feel alone when you're falling asleep
And everytime tears float down your cheeks
But I know your heart belongs to someone you've yet to meet
Someday you will be loved

You'll be loved you'll be loved
Like you never have known
The memories of me
Will seem more like bad dreams
Just a series of blurs
Like I never occurred
Someday you will be loved''

back in your head

Por que é que você sempre tem que me atormentar? Porque é que sempre você vem a minha mente como um fantasma, um parâmetro em que você é sempre a melhor?
Porque com você eu não precisava fingir sorrisos, não precisava fingir que estava tudo bem. Eu podia te contar o quão infernal estava minha vida, minha casa, minha família. Podia chorar no seu ombro todas as dores do mundo, até aquelas que não eram minhas. Do seu lado eu podia ser aquela menina frágil, indefesa, louca, meio masoquista, irônica, tirada, retardada. Você não tinha medo de mim, não me achava uma psicopata, até porque você era meio louca também. A gente se ajeitava nas loucuras, né? Eu sinto falta disso.
Sinto falta das borboletas no estômago e do coração disparando loucamente, quando eu acordava e descobria que você ainda estava ali do meu lado. As minhas borboletas internas nunca mais foram tão agitadas, e meu coração nunca mais disparou tanto quanto disparava ao seu lado.
Seu fantasma ronda minha mente o tempo inteiro. Eu não queria te desapontar, não queria te deixar triste e te fazer chorar... mas é que eu não sei mais o que fazer, entende? Eu não sei dizer o que você quer que eu faça, não consigo prever qual deveria ser meu próximo passo e o que te agradaria. Uma das nossas loucuras era nunca saber o que faria a outra sorrir, e isso era mágico, sabia? A cada minuto eu sentia aquela adrenalina de saber que você podia partir num mínimo movimento, e era delicioso... até que você realmente partiu.
Sinto falta de falar exatamente o que você pretendia dizer, e sinto falta do sorriso de cumplicidade. Sinto falta de te abraçar e me sentir protegida, e sinto falta de te abraçar e sentir que te protegia. Que inferno, eu sinto tanta falta de você que às vezes sinto seu fantasma aqui dentro de mim.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mil livros

Conversa entre mim e sua mãe:
'Lembra que você disse que não queria morrer sem antes ter lido mil livros?' ela disse 'então, naquele dia eu achei que você tinha morrido, fiquei arrasada e chorei por você não ter conseguido realizar seu desejo de ter lido os mil livros...'
Eu não consegui responder, a resposta ficou entalada na minha garganta. Seria algo como 'Eu preferiria ter morrido no lugar dela, quem liga pros meus sonhos?'

Tempo, tempo, mano velho...

153 dias. 22 semanas. 5 meses. E mesmo sorrindo por aí, só eu sei a falta que você me faz.

domingo, 8 de janeiro de 2012

The Secret Circle

''-Staying sad all the time isn't gonna make Nick's death lass real, will just make your life worse.
-Acting normal makes me feel like i'm being disrespectful with his memory...
- If he could hear you right now, like as ghost or something, he would for sure be laughing of how sadly you sound. And he would be bored! Imagine being a ghost and have to stay watching somebody being sad all the time!''

sábado, 7 de janeiro de 2012

forget you

Sabe, às vezes eu secretamente desejo esquecer você. Esquecer mesmo sabe? Como se nunca tivesse te conhecido. Apagar todas as risadas, todos os beijos, tudo o que eu aprendi com você, todas as lágrimas que derramei por sua causa e as que você já derramou por mim. Peço, por um segundo, para não lembrar de como é sentir dor, peço para parar de reviver todo aquele ultimo dia na minha mente, tudo o que eu poderia ter feito e não fiz, tudo o que aconteceu. Desejo me perder de mim e me perder de você.
É que é difícil seguir a vida, continuar sempre em frente. É complicado saber que eu estou indo, enquanto você está parada ali, dentro da madeira e debaixo da terra. Dói muito mais do que é suportável, saber que eu estou sorrindo -de verdade, sem fingir- mais uma vez, que eu estou sentindo vontade de fazer as coisas, e estou sentindo meu coração bater e meu estômago embrulhar; e enquanto isso você está morta e me olhando de cima.
Seria mais fácil seguir a vida se eu nunca tivesse conhecido você, amado você e chorado por você. Mas toda vez que me lembro de você, do seu sorriso, das nossas músicas e daquela quinta feira horrível, eu me sinto afogar em tristeza e culpa. Não adianta que me digam que é o certo a fazer, que você ia gostar de me ver feliz de novo, que eu tenho que seguir a vida, que quem morreu foi você, e não eu e etc. Sabe, não adianta, a cada vez que vejo seu nome, eu me lembro o que é sentir dor, e me lembro de que não sei se quero sentir isso mais uma vez.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Alucinação aleatória de uma alma magoada.

“Eu to com frio...’’ foi o que consegui dizer, depois de muito tempo. Ela me abraçou e passou os dedos quentes pelo meu braço gelado, encostou seu rosto no meu ombro e se afogou no meu cabelo loiro. “Eu nunca vi um cabelo tão cheiroso, menina.” Respirei fundo, tentando preencher o vazio em que me afogava, não adiantou. Fechei os olhos e voltei a pensar na conversa que acabava de ter. Ela estava bêbada, ridiculamente bêbada naquele bar daquele bairro pobre. Quando bebia, sempre me contava a verdade, e eu perguntei. Pedi pra ela me dizer toda a verdade. E então ela me contou...

‘Quando te conheci, te amava de verdade. Senti toda a adrenalina, a paixão, os ciúmes, a raiva, a preocupação. Fiquei apaixonada até o dia que você me traiu, e aquilo partiu meu coração. Eu sei que te traí antes e parti seu coração também, mas foi diferente, eu sempre fui assim, você esperava que eu fizesse isso. Você partiu meu coração por sempre ter sido boa demais. Depois, meu amor foi morrendo, mas eu achava que ainda podia recuperá-lo, não queria perder você ainda. Continuei com você, fingindo estar tudo bem. Mentindo cada vez mais, a cada vez que saía sem você, te traia com uma pessoa diferente, homens fortes e másculos, meninas bonitas e tatuadas, magras e ricas. Você nem imagina a quantidade de vezes que já disse que era solteira e escondi minha aliança. Chegava em casa, tomava um banho e vestia minha fantasia de namorada perfeita. Eu admito que não fingi muito bem, paramos de fazer sexo, de nos beijar, de andar de mãos dadas, e eu procurava desculpas o tempo todo. Não queria perder você, mas também não suportava a idéia de te tocar. Acho que odiava você. E você, ah, sempre boba e apaixonada, eu não precisava de muito para te agradar... Acha que não vi todas as vezes que você chorou a noite, escondida? Acha que eu realmente estava dormindo, quando você falava baixinho por favor, volta a me amar e ser como antes? Sabe, eu escutei tudo, todas as vezes. Eu não tinha como responder, não podia simplesmente dizer adeus. Você nunca me deu motivos, não é? Depois, você descobriu uma das várias traições, e quis terminar. Eu vi que iria realmente te perder, vi que tinha voltado a te amar. E fiz de tudo pra voltar a ser a namorada perfeita. Tentei de verdade, posso dizer que voltei a te fazer feliz, por alguns dias. Até que você me magoou, tudo bem que não foi nada comparado ao que eu já tinha te feito, mas fiquei triste, e não queria estar com alguém que me fizesse infeliz. Você me implorou perdão, e eu não podia dizer não. Decidi que seria a pior namorada do mundo, pra que você começasse a me odiar tanto quanto eu te odiava. Foi difícil pra mim, ser tão cruel, mas era parte do plano. Naquele ultimo dia meu coração apertou, sabia? Eu, por algum motivo, não queria ser cruel. Não queria partir seu coração. Fiquei triste por te ver chorar, e não queria dizer adeus, mais tarde. Eu olhei nos seus olhos e vi que você sentiria saudades de mim, quando eu fosse embora. Você nunca me odiaria, e eu tive certeza disso. Eu teria que fazer diferente. Teria que partir pra sempre. E então, eu parti. Sem te pedir desculpas, sem dizer adeus, e de um modo que eu não sentiria saudade. Esperei que você me odiasse por isso, mas nem assim você me odiou. Era amor de verdade, né? Desculpa por ter feito você infeliz assim.’

Chorei depois de passar toda a fala dela mais uma vez pela minha cabeça. Ela havia morrido pra se livrar de mim, e agora, tinha voltado de alguma maneira inexplicável só pra responder as minhas perguntas.

‘Será que eu... posso ir embora com você?’ Perguntei, mesmo sabendo a resposta. Sua mão parou de tentar esquentar meu braço ainda frio e apertou forte minha mão. ‘Não, não pode, neném... Eu vim aqui pra te pedir pra você viver. Não desiste de viver nunca, por mais difícil que seja.’ Ela ficou calada de novo, e eu também. Agora suas lágrimas molhavam meu ombro. ‘No ultimo segundo eu me arrependi, sabia? Decidi que queria ficar ali com você, nem que tivesse que vestir a mascara de namorada perfeita todos os dias.’. Eu tive que respirar fundo antes de responder que eu não iria ligar de chorar baixinho toda noite. ‘E porque você não parou?’ Ela terminou o copo de cerveja num gole só, me deu um beijo suave nos lábios e sorriu aquele sorriso mais lindo de todos. Levantou e disse ‘ah, já era tarde demais.’ E sumiu, tão de repente como havia chegado.

domingo, 1 de janeiro de 2012

love aways remains

''If I ever saw a ghost it'd change the way I think.
I wouldn't gasp for air if ever I did sink.
I wouldn't struggle, I'd just let it all out fast,
and then start living in the past.
(...)
we'll never feel so safe again,
but love always remains''

Não consigo mais escrever, parece que tenho mil lágrimas entaladas aqui e nada sai, parece que a dor aumenta, e o desespero também. Eu tô com medo de sentir de novo, amor. Eu não quero mais doer, não quero mais doer...