terça-feira, 20 de março de 2012

Happy one year, my love.

365 dias atras você sorriu pra mim e tornou-se meu sol. Naquele dia eu soube que você era o amor da minha vida, e uma idiota. Você ficou comigo e com uma outra trouxa qualquer, e eu realmente achei que nunca mais veria você. Dois dias depois você veio como boa samaritana me pedindo desculpas, e eu não pude deixar de sorrir, e não resisti a te dar uma chance de consertar. Você consertou bem até demais, e em poucos dias eu já estava totalmente apaixonada. Sorrio até hoje da sua estratégia boba pra conseguir meu telefone. Depois daquele dia acho que não passamos um único dia sem trocar mensagens. Uma semana depois de te conhecer, saímos de novo, eu pedi pra você namorar comigo, e você aceitou, é lógico. Você estava bêbada, como sempre; e eu com minhas borboletas no estômago, como sempre. Você disse que me amava, e eu disse que te amava também. Você arregalou os olhos, tão espantada. Eu estava assustada também, admito. Não achava que ia amar alguém tão cedo. Na verdade nem sabia se te amava mesmo, mas não podia decepcionar você, então disse que te amava. Minha namorada. Sentada na grama molhada com você do meu lado, eu não podia conter o sorriso. Você era minha namorada, dá pra acreditar? Não, não dava.
No outro dia, pela manha, acordei ainda com aquele sorriso. Eu tenho uma namorada, ela é linda, e disse que me ama. Caralho, eu tenho uma namorada e a amo. Naquele dia eu tive certeza que amava você, e nunca mais duvidei disso.
Depois daquele 26 de março, começou uma nova fase da minha vida, a melhor delas. Durante uns dois meses eu fui mais feliz do que achei que conseguiria. Eu sorria o tempo todo, era tão feliz que parecia que aquela alegria ia sair pela minha boca. Eu não achava que aquilo cabia dentro de mim. É claro que nós brigávamos, discutiamos, às vezes era difícil lidar com suas crises, suas bebedeiras, seus ciúmes. Não devia ser fácil lidar comigo também, admito. Mas aqueles dois meses foram incriveis, tudo era perfeito. O sexo, os beijos, as risadas, dormir pertinho, sentir o cheiro, os jantares românticos, os filmes de terror, os abraços, os sorrisos, os olhares... Tudo. Eu não podia pedir nada mais.
Um dia -até hoje não sei porque, e nunca vou saber- tudo mudou. Você se tornou outra pessoa, nos não éramos mais as mesmas. Não sei dizer se aquilo foi de repente se você foi mudando aos poucos, só sei que começou a doer, e só foi aumentando. Você inventava desculpas, mentiras. Me traiu incontáveis vezes, contou milhares de historias, usou vários motivos e desculpas, e quando vi, nem éramos mais um casal. Naquela viagem, em junho, com a Maria e o Eduardo, lembra? Tudo mudou, mais uma vez. Suas mentiras, suas historias, ou sei lá o que você tinha na mente, tudo caiu por terra. Você me contou a pior das traições, partiu meu coração, e depois fugiu. Eu não esqueço o aperto no coração que senti ao pensar em te perder. Tive tanto medo, fiz um inferno pra levar você de volta pra lá, e quando te abracei, foi como se você nunca tivesse me machucado, como se aquela dor nunca tivesse existido.
Nos dias depois disso, tudo voltou àqueles dias de lua de mel, tudo era perfeito, e nos amavamos como antes. Durou pouco, e você logo foi viajar. Eram as férias de julho e você foi passar com sua família. Senti tanta saudade que aquilo me corroía, me adoecia. Passei todo aquele mês como uma noiva de soldado em guerra. Você adoeceu e eu não pude cuidar de você, você saia e eu não podia controlar quantas doses você tomaria, ou se fumaria os cigarros que eu detesto. Um dia eu e seus amigos saímos, e até hoje acho que se aquele dia não tivesse acontecido, tudo seria diferente. Eu machuquei você, e você quebrou meu coração. Eu não achei que os cacos do meu coração iriam se recuperar, não achei que conseguiria reconquistar você. Naquela ultima semana das suas ferias, alem da sua pneumunia, tinha o medo de não ter você de volta. Você falava de outras meninas, ficou com outras pessoas, abriu feridas a muito já fechadas, recomeçou historias, renovou amores, e voltou. Lembro que me disse que eu não era mais a pessoa por que você tinha se apaixonado, que eu era triste e depressiva, sendo que antes eu era alegre e sorridente. Mal sabia você que todos os meus sorrisos e minhas lagrimas tinham só um motivo, uma razão: você.
Disse que eu tinha que reconquistar você, no mesmo dia em que conheceria sua mãe. Acordei até com dor de barriga, estava desesperada. Eu veria você, depois de mais de um mês, conheceria minha sogra e teria que te reconquistar. Fiz de tudo para não olhar demais pra você, eu sabia que não conseguiria parar as lagrimas se olhasse em seus olhos. Sorri o tempo todo, fiz piadas, fiz você sorrir, fiz você olhar pra mim com os mesmos olhos que você olhava antes. Cheguei em casa e uma mensagem sua me esperava: 'conseguiu haha' e eu demorei um bom tempo para entender. Eu tinha conseguido fazer você se apaixonar por mim mais uma vez. Deu tudo certo. Isso foi uma sexta feira, no domingo de manha você apareceu na minha casa, mais linda do que nunca, naquele carro preto e com o sorriso que brilhava mais que o sol. Você apareceu aqui dizendo que sim, eu tinha conseguido e você me amava. Estávamos bem. Ficamos um pouco aqui, depois levamos sua mãe até a rodoviária, fomos ver um filme, andamos de mãos dadas, e meu coração estava quente, aquecido mais uma vez. Eu estava bem, nós estávamos bem.
Os próximos dias foram de casados, eu diria. Apesar de estar tudo bem, estava tudo frio. Nada era como antes, mas meu amor crescia a cada segundo. Você dormia na minha cama, me dava bom dia, me abraçava e às vezes segurava minha mão. Na verdade não consigo me lembrar se disse que me amava. Sei que não era como antes. Enquanto você se vestia, perguntou porque eu olhava daquele jeito pra você, e eu não sei porque olhava daquele jeito, só sabia que algo estava errado. A ultima vez que vi você viva, você me acenou um tchau que doeu infinitamente. Não sei explicar o que eu senti, e também não quero falar mais uma vez do dia que você foi embora, daquele dia, o mais doloroso da minha vida. Na verdade, não sei bem como terminar isso aqui. Eu só queria dizer que aqueles cinco meses que vivi com você foram como anos, milênios. Era como se eu conhecesse você de outras vidas, outras historias. Era como se meu amor fosse alem da vida. Obrigada por ter me ensinado tanto, por ter me feito crescer tanto, por ter feito doer tanto, por tantas lagrimas, sorrisos e risadas. Obrigada pelos beijos, pelas palavras doces e pelos abraços. Muito obrigada por ter me ensinado o que é amor, o que é entrega, saudade. Obrigada por ter me amado tanto, e por ter me feito ver que eu também sabia amar. Obrigada por me mostrar que quem ama não quer nada em troca, não precisa de nada em troca. Obrigada por ter entrado na minha vida, e por ainda estar nela; de qualquer forma. Obrigada pelos 365 dias que mais me fizeram crescer. Feliz um ano, amor.

domingo, 18 de março de 2012

Remember me

"O que você fizer na vida será insignificante, mas é da maior importância que você o faça porque ninguém mais o fará. Como quando alguém entra na sua vida e metade de você diz que você não está nem um pouco preparado. Mas a outra metade diz: Faça com que ela seja sua para sempre.
Michael, Caroline me perguntou uma vez se eu sabia o que te diria se soubesse que você pode me ouvir. Eu disse que sabia. Eu te amo, sinto sua falta. Deus, como sinto sua falta. E eu te perdoo. "
Eu fiz você ser minha, para sempre. Não, eu não estava pronta, eu não sabia o que era amor, dor, verdade. Você me ensinou tudo o que eu sei, e hoje eu tenho certeza de que sei o que é amar alguém. Sei o que é perder alguém, sei o que é dor e o que é saudade. Não vou mentir dizendo que perdôo você. Ainda não perdoei, sabe? Não me conformo com como você me deixou, como partiu sem dizer adeus. Como me deixou aqui, com saudades. É egoísmo, eu sei; mas é difícil aceitar que você teve a escolha, pegou aquele maldito carro e preferiu ir pra longe de mim, longe de nós, ao invés de ir dormir comigo, e ficar comigo pra sempre. Ainda não te perdoei, talvez um dia eu consiga... Mas o amor, ah, esse não passa jamais, eu te amo e sempre vou me lembrar de você.
365 desde que te conheci, 365 sem sair da minha mente.

sábado, 17 de março de 2012

Happy Saint Patrick's Day

Ah, St. Patrick's day... Simbolicamente faz um ano que eu conheci você. E quem diria, hein? Se alguém viesse, um ano atras, me contar sobre me vida agora, eu não acreditaria. Olha quanta coisa mudou, quanto eu cresci, quanto eu chorei e quanto eu senti. E no final das contas tudo gira em torno de você. Tudo o que aconteceu na minha vida nesse ultimo ano, teve a ver com você. Eu pude sentir você por perto todas as vezes em que tomei uma decisão, quando passei por todos aqueles momentos difíceis, todas as vezes em que ri sem vontade. Eu não imaginava nunca que você se tornaria parte tão importante da minha vida, não acreditava que aquele sorriso poderia fazer tanta falta. Não sabia que você iria me proporcionar tanta dor.
Se um ano atrás eu soubesse de tudo, eu teria sorrido pra você do mesmo jeito. Eu teria andado de mãos dadas e sentido borboletas no estômago, teria, com toda certeza, arrepiado quando você falou baixinho no meu ouvido, teria beijado você na frente daquele bar cheio de homens bêbados. Eu nunca poderia me arrepender de ter conhecido e amado você.
Será que o fato de eu não conseguir escrever pra você mais significa que eu te superei? Que eu consegui deixar você no passado?
Acho que isso é só um bloqueio. É lógico que eu não te superei, você me dói todos os dias e eu ainda penso em você todos os segundos, mas eu simplesmente me acostumei com isso. Criei um quarto confortável dentro do meu coração pra você e pra minha dor, e te tranquei ali dentro. Se eu não fizesse isso, provavelmente não conseguiria viver mais, e aí eu não sei o que seria de mim.
Demorei muito pra tomar essa atitude, pra trancar você num cômodo dentro de mim, e seguir a vida. Não foi fácil, é claro que não. Às vezes ainda abro discretamente a porta do quarto e espio ali dentro, entro de mansinho, vejo as fotos nas paredes, as lembranças, ouço sua risada e beijo você. Me deito ao seu lado e choro um rio. Depois me levanto, lavo o rosto e finjo que nada aconteceu. Acho que é assim que viciados em drogas fazem, não é? Resistem o quanto podem, tomam um pouco do seu vicio e fingem que nada aconteceu, como se tudo continuasse na mesma. Acho que sou viciada em você, e isso não é de hoje. Desde que te conheci, me viciei em você, e isso foi aumentando cada vez mais. Agora sou uma viciada em abstinência, e eu ainda sou apaixonada, completamente apaixonada pela minha droga.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Eu queria te escrever uma carta que só tivesse a pureza do amor. Queria te escrever um bilhete em que só 'eu te amo' fosse suficiente para traduzir tudo o que sinto. Tenho vontade de escrever um livro falando de amor, de final feliz e de romance. Queria que você lesse minhas cartas, meus bilhetes e meu livro. Eu queria muitas coisas.
Eu queria muitas coisas, mas como de praxe, nunca consigo concluir essas tantas coisas que eu queria.
Sabe, no começo era difícil me adaptar à ideia de que eu nunca mais veria você. Eu conversava com suas amigas, descobria coisas sobre você e pensava 'nossa, quando eu ver a Bianca de novo vou pergunt...' e aquele nó que não me deixava concluir. Eu nunca mais veria você, nunca mais te perguntaria nada, aquelas dúvidas que deixei pra amanha, pro dia seguinte, eu nunca tiraria. Aquela história que não deixei você contar quando estava de mau humor, jamais saberia o final. Aquela música que você cantava e eu nunca perguntei o nome, jamais ouviria de novo. Foi difícil me acostumar com isso, sabia? Não foi nada fácil aprender o que é 'nunca mais', por muito tempo chorei a cada vez que pensava que nunca mais ouviria sua voz. Foi difícil. Ainda é.
Eu queria ter escrito uma carta bem bonita pra você, dizendo tudo o que eu precisava te dizer. Queria ter tirado o nó de dentro da minha garganta, reclamado das suas conversas, das suas traições, da sua grosseria. Queria ter falado o quanto me machucava sua indiferença. Queria ter agradecido por ter tanta paciência comigo. Por me levar pra almoçar, por sorrir das minhas brincadeiras. Por me tirar de casa. Por ter me feito usar o cabelo de lado. Por dormir abraçada comigo. Queria ter falado tanta coisa que eu deixei pra amanha, e agora eu aprendo a lidar com o 'nunca mais'.

Sentimentos de menina agridoce

Perguntam-me como estou. Estou bem... Fazendo as mesmas coisas. Só está um pouco heavy metal. Mas... ainda abro os olhos todas as manhãs e os quero fechar logo em seguida. Claro que vou escrevendo dolorosamente, vou respirando mesmo que com dificuldade, ás vezes, sublimo, ás vezes, orvalho-me. Peguei umas coisas, coloquei ao sol pra secar. Deixei lá fora secando. Daqui a pouco vou lá olhar. Mas, por enquanto, enquanto o tempo, o vento e o sol não as desidrata, vou ficando aqui, encolhidinha. Ontem, tive que sair do labirinto, colei o sorriso com uma cola super adesiva, ele tinha que segurar por um tempo, peguei um monte de purpurina e coloquei nos olhos, eles andam muito enervados. Antes de sai, voltei, tinha esquecido o assobio, e todo mundo sabe que o assobio custa uma imensa coragem. Fiz esforço. Ninguém percebeu. Apesar de o sorriso sair sempre meio soluçado. Estava aparentemente bem e a noite transcorreu sem que ninguém notasse a revoada intíma das lágrimas que se acumulava e queriam romper as barragens dos esparadrapos que eu tinha firmemente envolvido meu coração destroçado. Sorri. Sorri a noite inteira. E as pessoas conversavam com uma moça tão espirituosa e divertida. Do que adiantava mostrar o desespero, a tristeza, a angústia? Não quero a pena de ninguém. E as pessoas cansam-se logo de nossas tragédias. Mas, também não quero as pessoas. Não quero ter que me maquiar toda e depois no menor dos descuidos, quando as lágrimas afloram, virar uma espécie de urso panda, não quero ter que sorrir enquanto sinto dores vindas não sei de onde que contorcem meu interior como se eu fosse uma boneca de vudu. Quero ser madura e não sofrer por certas coisas. Quero ser realmente forte. Quero não ter o coração partido em cacos tão pequenos que continuam doendo e seguem amando com a mesma intensidade. Quero que comprimidos acabem com a dor e não só a coloque numa roupagem pesada. Oh, quero tanta coisa. Não quero mais o silêncio como companhia. Estou ouvindo música. Muita música. E elas dão beleza à dor. Elas colocam um pouco de corzinha nas coisas cinza. Dor é cinza. E nesse processo se despreza todos os pequenos prazeres. Eles deixam de existir.
Se o amor é a única coisa que imprime sentido aos nossos pobres caminhos nesse mundo, a dor é o que faz deles uma estampa desbotada.

[ Lia Araújo]

domingo, 4 de março de 2012

Onde deveria haver um coração não há nada mais que uma massa disforme. Só um órgão dilacerado e cauterizado. Há um imenso vazio. Só há saudades. Tenho a voz cansada de gritar seu nome no silêncio que ecoa dentro de mim. O grito se perdeu no som inaudível do meu choro que abafo no travesseiro. Só queria o ter por perto. E contigo chorar toda a tristeza de ser tão só.

Estas perdido para sempre. Nunca o consegui alcançar...nunca cheguei ao seu coração. E agora, não tenho mais o meu. Tudo me escorreu pelos dedos... como os grãos de areia da ampulheta do tempo que se esgota... Grão a grão... e eu mesma os ouço se esvaindo. Perder-se também é um caminho. E é muita coragem desistir do caminho depois de tanto tempo, isso porque ando, corro e me arrasto, mas você fica cada vez mais distante. Olho para os lados e é como se estivesse presa naqueles sonhos que você corre, corre e continua no mesmo lugar. Olho o mundo e agora reina o nada. Você reinava no meu pensamento, nas minhas palavras. Mas, palavras hoje deixam de ser necessárias. Dissipei-me em lágrimas de fuga sobre os meus sonhos. Sonharia contigo, se já não os habitasses.

Sem você as minhas noites são tão tristes. Os dias. O mundo não me interessa mais. O mundo é desesperadamente prático e não há lugar para dores sentimentais e corações despedaçados. Aliás, não tenho mais lugar em lugar algum. Eu só finjo que tenho. Irei fingir para o mundo. Ninguém suspeitará da dor por cima desse sorriso recortado de tempos passados e colado sobre esse rosto que agora só encerra a consternação. Só os olhos me denunciarão para os mais atentos. Só eles mostrarão o buraco na alma da parte de mim que me falta, era o lugar onde habitavas. Você não os perceberá... Será melhor assim. Não sobrou muita coisa. Só sobrou a música. Serei eternamente uma caixinha de música desacertada, tocando sempre a mesma melodia, arranhada pelo tempo, roubada pela vida, destroçada pelo amor.

[ Lia Araújo]

when you try you best but you don't sucede.

Há dias essa amargura não sai do meu peito. Desde que me encontrei com sua mãe, acho, esse gosto amargo não sai daqui. Essa tristeza, essa vontade de morrer ou de matar. Tudo bem, eu sei que é normal sentir isso às vezes, já me acostumei a ir dormir com os olhos inchados de chorar e com dor no coração, soluçando e até tremendo. O problema é que a dor não passa quando eu acordo. Eu não tenho acordado com esperança, a dor não passa quando o sol chega. E isso tem me e n l o u q u e c i d o. Não sei lidar com sentir coisas, não sei lidar com minhas lágrimas e com esse choro todos os dias. Não sei lidar com a dor, com as saudades, com a necessidade de dormir usando sua aliança só pra me sentir mais perto de você. Não consigo sufocar as lágrimas, não consigo desviar o pensamento, não consigo engolir o choro, não consigo forçar o sorriso, fazer a voz sair, arrumar assunto.
Minha mente não consegue se acostumar com o fato de não ter você, muito menos meu coração. Meu corpo pede por você a cada segundo, meus olhos imploram por ter sua visão, e meus lábios sentem sede dos seus. É impossível me acostumar com a sua ausência, e eu não consigo mais fingir que tudo bem sentir saudades. Me sinto mal por estar viva, me sinto mal por dar risada, por conhecer pessoas novas, por experimentar coisas novas, por beber, por ver filmes, por tudo. Me sinto mal por ter continuado a vida sem você, ao mesmo tempo que me sentiria mal por estar viva sem aproveitar o ar que entra nos meus pulmões, quando sei que tudo o que você mais queria era estar viva.
Tenho pedido tanto por noticias suas, pedido pela sua voz e pelo seu sorriso, e saber que eu não posso ter você nunca mais tem me matado a cada segundo. Parece que às vezes tento te esquecer, esquecer o que aconteceu com você, e quando me lembro, a cada vez que cai a ficha do 'nunca mais' é uma facada no meu peito, e a cada facada parece doer mais.
E depois de quase 7 meses sem você, eu ainda te amo. Quando é que isso vai passar?