quarta-feira, 9 de novembro de 2011

imagine

Ah, como eu queria voltar no tempo. Já perdi a conta de quantos diálogos criei, quantas situações inventei, quantos dramas, quantas historias imaginei, para tentar trazer você de volta, nem que fosse por um segundo. Eu indo te buscar na PUC, na velvet, num motel barato com outra. Tudo bem, te perdoaria. Você num hospital semi-morta e sem se lembrar de mim, eu não ligo, cuido de você, nem que eu tenha que fazer você me amar de novo. Eu dentro do carro com você, não faz mal, morreria em seu lugar. Eu deveria ter arrancado as chaves da sua mão e ter proibido você de sair de casa, iria lidar com as consequências. Alguém me ligando e dizendo que você bebeu tanto que não sabe mais onde mora, ensinaria o caminho da minha casa e diria que você mora aqui, pra sempre.
De que adianta isso tudo, me diz? Nada traz você de volta, nada disso ameniza a dor, diminui a saudade. Me diz por que eu continuo procurando respostas, inventando contos, se você não volta mais? Me ensina a viver sem você, me ensina a não morrer de saudade.

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