sábado, 26 de novembro de 2011

call me

Senti vontade de te ligar, corri os olhos pela agenda telefônica e percebi que seu número não estava lá. Apesar de sabê-lo de cor, apagar o número me ajuda a recuperar a sanidade e me lembrar de que você não pode me atender. Continuei procurando pra quem ligar, queria desabafar, percebi que nenhuma daquelas pessoas entende o motivo de eu continuar te amando, falando de você, procurando você e involuntariamente me machucando cada vez mais. Liguei pra alguém que achei que poderia me ouvir. Ela não se importou. Amigo esquece da gente quando ta se divertindo. Eu deveria fazer o mesmo, mas eu quase não me divirto, então dá na mesma. Queria um abraço e chorar quietinha perto de alguém, eu não tinha ninguém que me acolhesse, senti um vazio tão grande aqui no peito que achei que ele iria me engolir. Pensei em te ligar mais uma vez . Sorri da minha besteira, comecei a falar com você e chorar, ali mesmo, no meio da rua. E dai? Nenhum deles me conhece. Queria pedir um abraço pra qualquer um que passasse, talvez eles fossem mais compreensivos. Talvez eles me falassem que tudo vai ficar bem. 'eu sinto sua falta, sabia? Queia que você estivesse aqui, você me entenderia... Lembra quando você tava com a perna machucada e a gente desceu do ônibus nessa rua pra você não precisar andar, mas aí deu vontade de fazer xixi e você ficou super brava comigo? Eu só queria agradar você. Sinto tantas saudades que as vezes acho que vou explodir. Me mande notícias...' e eu continuava falando e você não me respondia, e eu quis ligar de novo pra alguém, dizer que estava falando com você, mas me achariam louca. Tudo bem, eu posso viver só de lembranças e memórias. Quem foi que disse que eu preciso viver no mundo real?

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