terça-feira, 18 de outubro de 2011

As vezes

As vezes olho para o lado e parece ser você. As vezes alguém fala e eu ouço sua voz, suas manias, suas risadas. De vez enquando eu olho de relance e juro ter visto seu rosto no rosto de qualquer pessoa na rua. As vezes um carinho que recebo até parece o seu, as vezes fecho os olhos e faço carinho em alguém, fingindo ser você. Respiro perfumes procurando o seu, abraço corpos estranhos na esperança de encaixar como o nosso. Fico doente na esperança de você cuidar de mim, choro na esperança de você limpar minhas lagrimas, sinto dor pra você me dizer que ficará tudo bem, tenho medo pra você segurar minha mão, e cada minimo movimento que eu faço tem você no meu inconsciente. Eu sinto tanto sua falta, que as vezes finjo que você está aqui. Você sabia que ainda converso com você, e digo 'sua idiota, volta logo, que eu não aguento mais de saudade' e fico aqui esperando você responder 'to chegando, amor!' Você me disse 'até amanha' e eu nunca mais te vi, e eu ainda espero te ver 'amanhã'. Todos os dias acordo com esperança de ver você, sentir seu cheiro, sua voz ou seu toque, e toda noite durmo com dor e frustrada, querendo morrer de tanta saudade. As vezes eu quero desistir e ir logo ver você, mas dizem que quem desiste vai pra outro lugar, e aí é que eu nunca mais te veria, e eu preciso te ver mais uma vez... Então eu continuo aqui, com toda essa dor e essa saudade, e escrevendo essas coisas repetitivas que ninguém vai ver e esperando por você. Quase sempre eu digo que te amo e espero ouvir que você também me ama.

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