quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Get you insane

Devo estar enlouquecendo você, não é? Um dia escrevo que está tudo bem e já até sorrio quando falo de você. Que encontrei um novo amor. Que tenho sorrido de verdade. Aí nos outros dias afogo em depressão e despejo em você toda a dor. Não aguento mais viver, não tenho esperanças, não sinto mais nada. Você deve achar que fiquei louca, e deve ficar ainda mais louca que eu, aí do outro lado, sem poder me responder, me mandar calar a boca ou parar de drama. De vez enquando fico imaginando você aqui do meu lado se sacudindo toda, pulando, dançando, gritando e batendo num vidro invisível que te separa de mim; fico imaginando o quão frustrada você deve estar, me vendo surtando aqui e sem poder fazer nada. Você me vê chorando e tem vontade de me abraçar? Você caminha ao meu lado quando eu decido fazer uma dessas caminhadas solitárias pra ver se te encontro numa das esquinas? Você me ouve? Será que fica desesperada tentando me responder, assim como eu fico desesperada por respostas?
Hoje é um dos dias em que a depressão parece me corroer, hoje não consigo sorrir pensando em você. Hoje nem consegui chorar, na verdade. Só senti saudade, aquela de dilacerar a alma, de cortar o coração. Vi nossas fotos e não pude acreditar que você se foi. Até hoje não acredito, sabia? Prefiro acreditar que você me largou por umazinha qualquer e foi morar sei lá, em Londres. Assim é mais fácil, não é? Se você tiver ido morar em Londres, talvez daqui um, dois, dez, vinte ou cinquenta anos, a gente se esbarre por aí, vá para um bar tomar uma cerveja e ria de como nossas vidas se desencontraram. Quem sabe?

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