sábado, 7 de janeiro de 2012

forget you

Sabe, às vezes eu secretamente desejo esquecer você. Esquecer mesmo sabe? Como se nunca tivesse te conhecido. Apagar todas as risadas, todos os beijos, tudo o que eu aprendi com você, todas as lágrimas que derramei por sua causa e as que você já derramou por mim. Peço, por um segundo, para não lembrar de como é sentir dor, peço para parar de reviver todo aquele ultimo dia na minha mente, tudo o que eu poderia ter feito e não fiz, tudo o que aconteceu. Desejo me perder de mim e me perder de você.
É que é difícil seguir a vida, continuar sempre em frente. É complicado saber que eu estou indo, enquanto você está parada ali, dentro da madeira e debaixo da terra. Dói muito mais do que é suportável, saber que eu estou sorrindo -de verdade, sem fingir- mais uma vez, que eu estou sentindo vontade de fazer as coisas, e estou sentindo meu coração bater e meu estômago embrulhar; e enquanto isso você está morta e me olhando de cima.
Seria mais fácil seguir a vida se eu nunca tivesse conhecido você, amado você e chorado por você. Mas toda vez que me lembro de você, do seu sorriso, das nossas músicas e daquela quinta feira horrível, eu me sinto afogar em tristeza e culpa. Não adianta que me digam que é o certo a fazer, que você ia gostar de me ver feliz de novo, que eu tenho que seguir a vida, que quem morreu foi você, e não eu e etc. Sabe, não adianta, a cada vez que vejo seu nome, eu me lembro o que é sentir dor, e me lembro de que não sei se quero sentir isso mais uma vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário