domingo, 25 de setembro de 2011

there is no hope at all

Não existe mais esperança, não existem mais coisas bonitas. Não pra mim. A vida continua para todos, o amor continua para todos, outras amizades aparecem pra todo mundo, mas pra algumas pessoas é mais difícil continuar, seguir em frente. Como uma mãe, um pai, seguem em frente sem o filho que foi gerado alí, o filho que teve em seus braços, alimentou e investiu toda sua vida naquele pedacinho de vida? Como essa mãe vive sem um pedaço de si? Como um pai vive sem o sorriso que o moveu durante anos? Essas pessoas tem força, e tem que ser muito admirados, deveriam ter monumentos em seu nome, em nome da força que têm, somente por conseguir seguir em frente sem um pedaço de si.
Pronto. Admiti que a dor de alguém é maior que a minha. Isso não é novidade, eu sempre soube que minha dor não era a maior do mundo, eu não carrego o mundo com as mãos, como fez Atlas. Mas ainda assim é bem maior que a dor de muitas dessas pessoas que não se importam, e querem que eu me importe. É assim: A pessoa quer carinho, quer atenção, quer desabafar e me ter sempre do lado, segurando a mão e dizendo 'eu estou aqui'. E eu realmente estou ali, eu ajudo, eu aconselho, eu dou forças e limpo lágrimas, sempre. E queria que o fizessem por mim. Parece meio ingrato dizer isso, porque eu tenho amigos, mas isso não tem sido o suficiente sabe? Parece que eu preciso de mais, mais abraços, mais carinhos, mais lágrimas limpadas, mais ombros pra chorar, mais vozes me dizendo que estão ali e que vai ficar tudo bem, nem que seja mentira, só pra eu acreditar por um momento, eu queria mesmo que mentissem pra mim e dissessem que vai ficar tudo bem. Eu queria um segundinho que fosse, de paz e alegria. Queria ter a sensação de que não acabou pra mim, é pedir demais?

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